gravidez na adolescência
Denise Pereira Ferrari
Resumo Este trabalho apresenta análise preliminar e breves reflexões sobre pesquisa empreendida para avaliar as motivações para a gravidez na adolescência e suas conseqüências. Com o objetivo de analisar as mudanças comportamentais das adolescentes que engravidaram a pesquisa foi desenhada a partir de questionário semi-estruturado, com 15 questões, aplicado a 18 gestantes na faixa etária de 14 a 20 anos incompletos, inscritas no programa de pré-natal do Centro de
Saúde Dr. Oswaldo Piana, Porto Velho/RO, no período de setembro a outubro de 2007.
Palavras-chave: Adolescência. Gravidez. Perspectivas. Sociedade.
Jose Hiran da Silva Gallo
Representante do Estado de
Rondônia e tesoureiro do Conselho
Federal de Medicina
Muitos são os motivos que levam uma adolescente a engravidar: a vulnerabilidade intrínseca ao gênero, a condição especial de ser adolescente, a incerteza quanto a um projeto de vida, a falta de perspectivas futuras e o uso inadequado ou a não utilização dos métodos contraceptivos. Se não se pode dizer que toda gravidez na adolescência seja indesejada, o que se verifica é que a gravidez precoce quase nunca é planejada, ou seja, acontece sem intenção, causada pela confluência desses diferentes fatores individuais ou sociais. Ribeiro e Nenevé afirmam que a vida sexual dos adolescentes brasileiros está começando mais cedo, em torno de dezesseis anos, com muita informação e pouca proteção contra a gravidez. As campanhas enfatizam doenças sexualmente transmissíveis em especial a Aids, desvinculando-as da gravidez 1. Se esta afirmação pode ser constatada em quase todo mundo, no Brasil, onde os dados estatísticos mostram que a atividade sexual na adolescência vem se iniciando cada vez mais precocemente, já se pode entrever as conseqüências indesejáveis imediatas de tal processo, como o aumento da freqüência de doenças