Grandes Poetas
MARIO QUINTANA
Mario Miranda Quintana nasceu em Alegrete, em 30 de julho de 1906.
Tem na simplicidade um método e isso a faz despreocupado em relação à crítica, faz poesia porque "sente necessidade", segundo suas próprias palavras, e nelas encontramos uma desconcertante capacidade de síntese, elemento poético surpresa com que conquista a memória de seus leitores.
Em 1928 ingressou no jornal O Estado do Rio Grande.
Após ter participado da Revolução de 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro, retornando em 1936 para a Livraria do Globo, em Porto Alegre, onde trabalhou sob a direção de Erico Verissimo.
Traduziu Charles Morgan, Rosamond Lehman, Lin Yutang, Proust, Voltaire,Virginia Woolf, Papini, Maupassant.
Em sua poesia há um constante travo de pessimismo e muito de ternura por um mundo que, parece, lhe é adverso.
Morre em 5-Maio-1994.
Crônica:
ACERTANDO NA MOSCA
Finalmente, paz em Kosovo. Enquanto os refugiados preparam-se para voltar para suas casas, Milosevic e a Otan disputam agora o título de vencedor da guerra, como se tudo não tivesse passado de uma partida de futebol. Ninguém marcou gol nesse combate insano, não há o que comemorar, mas uma lição foi deixada pelo episódio: os estragos que a falta de mira pode provocar.
Na guerra do dia-a-dia não é diferente: pontaria é fundamental. Você anda desmotivado, acha que a vida está sem emoção e que na sua casa ninguém lhe entende. Sai pra noite, então, e cruza com uns caras que fazem pega de moto, picham muros, depredam orelhões e parecem divertir-se muito com isso. Une-se ao grupo. Erro fatal: você acaba de se aliar ao inimigo.
Você está em busca de emprego, você e toda a torcida do Flamengo. Por um desses milagres da vida, surgem duas oportunidades de trabalho. Uma é um estágio dentro do campo que você quer atuar no futuro. É para trabalhar ao lado de bons profissionais, mas ganhando