grande de mais para quebrar
ROTEIRO: Peter Gould, Andrew Ross Sorkin (livro)
ELENCO: William Hurt, John Heard, James Wood, Paul Giamatti, Erin Dilly, Amy Carlson, Topher Grace, Ayad Akhtar, Cynthia Nixon, Kathy Baker, Edward Asner
Estados Unidos, 2011 (98 min)
Os bancos americanos são tão grandes que não podem virar pó do dia para a noite. O estrago seria avassalador, não só para o sistema financeiro americano, mas também para toda a economia mundial. A expressão em inglês “too big to fail” é usada justamente em situações como essa de 2008, quando eles ficaram na corda bamba por causa da bolha imobiliária, gerada pela falta de regulamentação do mercado financeiro americano, por sua vez gerada pela ganância desmesurada dos executivos, que enchem o bolso com bônus milionários, a um custo e risco muito altos do lado de quem não tem como se defender.
Tudo isso é explicado no filme, eu diria, de uma maneira até que didática – muito embora seja sempre um assunto árduo para quem não é do meio. Diferente do ótimo documentário Trabalho Interno, vencedor do Oscar na categoria, sobre o mesmo assunto, Grande Demais para Quebrar usa a linguagem técnica sim, mas o faz de modo a facilitar a nossa vida. Explica porque os cidadãos comuns passaram a investir suas economias em imóveis, como os bancos incentivaram os empréstimos, supervalorizaram as transações, amarraram as seguradoras no processo, investiram em transações de alto risco, encheram o bolso de dinheiro e levaram à falência vários bancos importantes e milhares de cidadãos americanos quando a situação ficou insustentável.
Com elenco forte, liderado por Henry Paulson, presidente do FED, o Banco Central americano, na pele de William Hurt (também em Filhos do Silêncio, Late Bloomers, Syriana, Robin Hood), o filme mostra o interessante jogo de interesses entre os banqueiros, que se veem na eminência de quebrar e provocar um colapso sem precedentes, do Congresso americano, que precisa votar de acordo com os