Grand Horn
Franz Boas, fundador da moderna antropologia cultural, que contrapunha as teorias evolucionistas e racistas ainda dominantes no início do século XX a uma perspectiva relativizada, centrada na noção de cultura, diz em seu livro que as nossas sociedades de hoje e de outros tempos passados possuem traços fundamentais em comum e este é o maior benefício para a humanidade, pois as nossas ações podem ser melhor orientadas ou para retardar ou favorecer a civilização. Ou seja, se a antropologia era uma ciência que só registrava e elucidada “as antigas migrações das raças e as afinidades entrem os povos”, diz o próprio autor (P.25), agora as investigações pertencem ao historiador e a pesquisa sobre as leis que governam o desenvolvimento de pesquisa aos antropólogos.
Essa nova metodologia alterou o ponto de vista de que as similaridades culturais eram providas de conexões históricas, mas também do funcionamento uniforme da mente humana. Para o autor isso pode ser melhor elucidado pelo xamanismo subjacente; invenções tais como o fogo e o arco; certas características elementares de estrutura gramatical entre outras similaridades culturais. Porem este é apenas o começo do trabalho do antropólogo que precisa indagar: Quais são suas origens? Como elas se afirmaram em várias culturas?
Segundo Boas, “as idéias não existem de forma idêntica por toda parte: elas variam” e assim responde a segunda pergunta. Isto quer dizer que existem variações externas por conta do ambiente e internas por conta das condições psicológicas. O primeiro método antropológico então vem para “isolar e classificar causas, agrupando as variantes de certos fenômenos etnológicos de acordo com as condições externas” (P.27), e “internas”. Isso tem sido estudado tanto por sociólogosquanto por psiquiatras. A outra pergunta já é algo muito mais difícil de ser tratando e respondido, pois descobrir as origens é algo que não pode ser