Grafita
GRAFITA
Capítulo 22 João Alves Sampaio Engenharia de Minas, D.Sc. Mônica Calixto de Andrade Engenharia Química, D.Sc. Paulo Renato Perdigão Paiva Engenharia Metalúrgica, D.Sc. Achilles Junqueira Boudort Dutra Engenharia Metalúrgica, D.Sc.
Rio de Janeiro Dezembro/2005 CT2005-136-00 Comunicação Técnica elaborada para Edição do Livro Rochas & Minerais Industriais: Usos e Especificações Pág. 471 a 488.
Rochas e Minerais Industriais – CETEM/2005
471
22. Grafita
João Alves Sampaio1 Mônica Calixto de Andrade2 Paulo Renato Perdigão Paiva3 Achilles Junqueira Bourdot Dutra4
1. INTRODUÇÃO
O primeiro uso do mineral grafita está perdido na mística do tempo. O homem primitivo usava grafita para desenhar nas paredes das cavernas e os egípcios para decorar objetos cerâmicos. Já no ano 1400, encontram-se notícias da manufatura de cadinho de grafita no distrito de Haffnerzell, na Bavária. Na Idade Média, a grafita foi confundida com outros minerais, especialmente, galena e molibdenita. Somente em 1779, SCHEELE determinou a composição do mineral, demonstrando que o mesmo poderia se oxidar e produzir dióxido de carbono. Em 1789, T. WERNER designou o nome de grafita a esse mineral, derivado do grego graphein, que significa escrever. Durante o século XVIII ainda se acreditava que a grafita fosse um composto constituído de ferro e carbono, quando, então, J. BERZELIUS demonstrou que o mineral usado para escrever era formado de carbono puro. O termo plumbago, do latim plumbum, que significa chumbo, de onde, supostamente, a grafita teria origem, foi mais uma identificação incorreta do mineral (Taylor Jr., 1994). A grafita natural, oriunda de metamorfismo do carbono orgânico ou de rocha carbonatada, chega ao mercado em três variedades: flocos cristalinos, microcristalina ou amorfa e em veios cristalinos ou lump. Todos esses tipos de grafita são identificados por meio