Graduação
CERES/DGEO/GEOGRAFIA (B)
MONOGRAFIA I
FICHAMENTO
Área do Conhecimento
Hidrografia
Tema ou Assunto
Açudes do Seridó
Referência bibliográfica
MOLLE, François. Marcos históricos e reflexões sobre a açudagem e seu aproveitamento. Recife: SUDENE, 1994. 193p. (Hidrologia, 30).
“A questão da água, na sua maior abrangência, tem sido identificada, por alguns, como o âmago da problemática em decorrência dos apavorantes dramas causados pelo flagelo das secas, os quais – segundo computam os historiadores – teriam acarretado desfalque de cerca de 2.5 milhões de vidas no três últimos séculos” (p.9)
“Feição marcante da paisagem, elemento vital da vida sertaneja, “o açude no Nordeste é como um tempo, - enfatiza Vinícius Berrêdo – se os milagres da fé fizeram surgir, a cada canto, as igrejas nordestinas onde se abriga a devoção do sertanejo, por que descrer da multiplicação dos açudes, também baluartes contra as incertezas do futuro?”(p.10).
“[...] O açude constitui, para o nordestino daquelas ribeiras sertanejas assoladas pelas secas, um espelho d’água e de vida no meio da ressacada natureza; um espelho de esperança no seio da atordoante incerteza que acompanha a marcha das estações” (p.10).
“A história do açude no Nordeste é tão antiga como a história de sua colonização pelos portugueses. Na realidade, o próprio nome – açude – derivado da palavra árabe as-sadd (barragem) comprova origem ainda mais remota, se nos debruçarmos sobre a história do homem e de suas técnicas” (p.14).
“No Nordeste, a construção de açudes foi sem dúvida técnica trazida pelos portugueses, os quais a aprenderam, provavelmente, dos muros que perlongaram mais de 5 séculos na península Ibérica” (p.14).
“Naquele tempo, as fontes d´água eram, principalmente, as lagoas naturais (ou remanescentes no leito dos rios)” (p.16).
“Os açudes sempre foram os meios empregados pelos sertanejos para neutralizar os efeitos das secas, desde os primeiros