Graduação

FILHO, Amilcar Torrão. Uma questão de gênero: onde o masculino e o feminino se cruzam. In: Cadernos Pagu, n. 24. São Paulo: UNICAMP, 2005. A História das mulheres teve seu grande apogeu com o movimento sufragista que exigia que a historiografia apresentasse a participação feminina na História, resgatasse suas heroínas e que explicasse a opressão patriarcal. Em 1970, a História das mulheres afasta-se da política com grandes questionamentos e controvérsia de autoridades intelectual no tema, o rompimento definitivo com a política acontece em 1980 quando surge o termo “Gênero,” que para Joan Scott é necessário algumas reflexões criticas no que diz respeito à História das mulheres tanto para a política como para a História. Scott discute três posições sobre o estudo do gênero: a primeira é do patriarcado que mostra como a desigualdade de gênero estrutura as demais desigualdades; a segunda é a marxista, presa às causas econômicas e não explica como o patriarcado se desenvolve fora do capitalismo, além de considerar o gênero um subproduto das estruturas econômicas. A terceira é a pós-estruturalista que considera os estudos de gênero não mais a partir do masculino e feminino, mas na articulação da categoria de gênero a outro, com etnia, raça, classe social, religião etc. Contra a visão redutora do que é feminino e masculino pode ser incluir o termo “Queer” que oferece não apenas como sexualidade alternativa que trata dessas questões lésbicas, gay, transgênicos etc., mas um discurso que desafia e interroga a heterossexualidade. No século XX a homossexualidade masculina é vista sob dupla faculdade moral. Ativos e passivos são encarados de maneiras diferentes. Enquanto os homens que são ativos na penetração por vezes não são considerados como homossexuais, não se coloca em questão sua preferência por mulheres e sua masculinidade. Já o passivo, é censurado como difamador de seu sexo. A homofobia está equiparada à misoginia no que diz respeito ao desprezo