GRADUANDO
INTRODUÇÃO
Nas culturas populares encontramos diversas expressões que são produtos das relações sociais, uma expressão que destacaremos neste trabalho é a arte do filé alagoano. Que já na sua definição apresenta um dilema, se é um bordado ou renda.
A metodologia de pesquisa utilizada foi observação participante, entrevista aberta, diários de campo e pesquisa bibliográfica.
As visitas foram feitas no Pontal da Barra, bairro do litoral sul de Maceió que fica entre o mar e as margens da lagoa mundaú. Este se destaca dos demais bairros por sua peculiaridade e semelhança a uma cidade do interior com casas simples, com aspecto provincial, nos faz realizar uma retrospectiva no tempo, não apenas pela arquitetura das casas, mais pelos seus artesanatos. Na avenida principal, Alípio Barbosa, encontramos varias lojas, onde tem uma diversidade de peças em crochê, bordados, rendendê, renascença e o filé, a principal renda produzida na localidade; além de restaurantes que oferecem aos visitantes as comidas típicas da região.
Segundo Moacir Santana, historiador, notifica a existência de 30 edificações na localidade no ano de 1792, o mesmo data o ascesso ao Pontal no ano de 1880, que era feito através do Trapiche da Barra, estrada que posteriormente foi refeita em 1949. (Vieira-1997, 44)
De acordo com a história oral dos moradores mais antigos do Pontal da Barra a origem da comunidade, surgiu de uma aldeiamento indígena, entre duas famílias; Hildefolso e Gomes.
O FILÉ ALAGOANO
O filé, tem uma origem portuguesa, assim como as demais rendas, no entanto ao ser trazido pelos colonizadores o filé adquiri sua especificidade, tornando-se assim o elemento representativo, para as rendeiras do Pontal da Barra. Sua base é confeccionada a partir da rede que é muito parecida com uma rede de pescar, artesanato mais caracteristico de Alagoas. Pode ser encontrado em outros lugares do Complexo Estuarino Lagunar Múndau - Manguaba, como os bairros de Maceió, Pontal da