Graduada
O Estado de bem-estar social, também conhecido como Estado de providência ou Estado social é uma forma de organização político-econômica que tem o ente estatal como sujeito ativo da promoção social e organizador da economia. Neste cenário, o Estado é o agente regulamentador da vida social, política e econômica do país e tem suas ações pautadas na garantia de oferta aos serviços públicos e proteção à população.
Esta forma de organização político-social tem como princípios fundamentais o direito dos indivíduos, desde seu nascimento até sua morte, ou seja, um conjunto de bens e serviços que possuem seu fornecimento garantido, direta ou indiretamente, pelo Estado, mediante seu poder de regulação e regulamentação perante a sociedade civil. Os direitos ofertados aos cidadãos, pelo Estado, recebem a definição de políticas públicas e são materializados através do acesso a educação em todos os níveis, a assistência médica gratuita, o auxílio aos desempregados, a garantia de renda mínima, recursos adicionais para a criação dos filhos, entre outros.
O Estado de providência (Rosanvallon) começou a desenhar-se após a crise econômica de 1929 e acabou por ganhar contornos mais definidos após a Segunda Guerra Mundial. Contudo, o avanço da regulação estatal sob a vida econômica e social prosseguiu até o final dos anos de 1970, em praticamente todo o mundo. Esta forma específica de relação entre Estado e mercado veio suceder o Estado Liberal e usaria a força estatal, por meio da implementação de políticas públicas, visando a interferência efetiva do Estado nas leis de mercado, com vistas a assegurar aos cidadãos um mínimo de igualdade e bem-estar social.
Essas mudanças deram-se através de um processo sociocultural demorado, já que houve a necessidade de fomentar profundas mudanças na cultura e na crença da sociedade de todo o mundo. Logo, o Estado de bem-estar social