Graciliano Ramos Graciliano Ramos de Oliveira nasceu em 27 de outubro de 1892, no sertão de Alagoas em uma família de dezesseis irmãos, sendo ele o primogênito. Cresceu recebendo surras e agressões físicas do pai, e com isso cresceu acreditando que as relações humanas eram movidas pela violência. Já na vida adulta, Graciliano atuou como revisor e escritor em diferentes jornais e revistas, de acordo com os lugares em que passou. Até que em 1904 fundou o jornal Dilúculo, ao qual dedicou às crianças. Participou também do Echo Viconsense, no qual trabalhava juntamente com seu mentor intelectual, Mário Venâncio, que acabou se suicidando e pondo fim ao respectivo jornal. Em todos os jornais que Graciliano colaborou, seu nome não era mencionado, pois o mesmo utilizava pseudônimos, tais como: Feliciano de Olivença, Almeida Cunha, S. de Almeida, Soares Lobato, Soares de Almeida Cunha e Lambda. No ano de 1910, Graciliano sofreu um inquérito literário, movido pelo Jornal de Alagoas. No outubro do mesmo ano Graciliano se mudou para Palmeira dos índios, onde acabou se casando com Maria Augusta, em 1915. Ficando viúvo cinco anos depois, e estando com quatro filhos pequenos. Em 1927, foi eleito prefeito da cidade de Palmeira dos índios, sendo empossado um ano depois. Já em 1932, Graciliano acaba renunciando o cargo de prefeito e se muda para Maceió, onde é nomeado diretor de Imprensa Oficial e se casa novamente com Heloisa Medeiros. Um tempo depois, volta a morar em Palmeira dos índios, onde funda uma escola e no mesmo período começa a escrever os primeiros capítulos de São Bernardo. Graciliano lança seu primeiro livro titulado por Caetés no ano de 1933. No ano de 1936, é acusado informalmente de ter conspirado no levante comunista, de 1935, e acaba sendo demitido, e preso. É mandado juntamente com 115 presos para o Rio de Janeiro, onde cumpre pena até o ano de 1937. Em agosto do mesmo ano é lançado seu livro Angustia, que recebe o prêmio Lima Barreto pela Revista