governo FHC x Lula
Foi a partir do ano de 1994 que o Brasil passou a ter uma considerável evolução no quesito financeiro, sendo a primeira vez que o Plano Real, de fato, começou a obter algum sucesso. Tal fato ocorreu exatamente com a presidência de Fernando Henrique Cardoso, que deu início no ano de 1995 a 1998, seu primeiro mandato, em que começou a dar ênfase à total estabilidade de preços. Sendo assim, durante todo o período houve uma taxa cambial previamente fixada e ela se manteve durante muito tempo, o que também permitiu uma certa desvalorização quanto ao câmbio, mas que foi insuficiente para que se pudesse reduzir o desequilíbrio do mercado quanto ao câmbio real de equilíbrio.
No primeiro mandato do Presidente, houve a tentativa de mudanças constitucionais, a fim de reduzir o déficit previdenciário. Em seu primeiro mandato a questão econômica obteve sucesso somente quanto à consolidação da estabilidade de preços, vez que produziu deflação em alguns índices de preços ao consumidor, mas ficou insustentável devido à acumulação contínua de passivos públicos e externos que tal atitude gerou. Assim, originou-se uma dívida pública insustentável, o que caracterizou a presidência de FHC como sendo um período de estabilização, mas desequilibrado.
No segundo mandato do Presidente, houve a tentativa de diminuir a inflação e desequilíbrio que ocorreu no seu primeiro mandato. Assim, a partir de 1999 foi feita uma reforma no regime, ocorrendo mudanças no regime cambial, fiscal e monetário, quais sejam:
- O regime de câmbio fixo, flexibilizado pelas bandas cambiais, foi substituído por uma flutuação suja, na qual o Banco Central manteve a intervenção na forma de venda pontual de reservas e oferta de títulos públicos indexados à taxa de câmbio;
- O regime monetário, anteriormente atrelado à defesa das bandas cambiais, foi substituído pelo sistema de metas inflacionárias;
- O regime fiscal foi alterado a partir da