Governo de castelo branco
O primeiro mandato do governo militar foi o do Marechal Humberto Castelo Branco (1964-1967), sob um olhar de desconfiança das pessoas que não tinham certeza sobre os rumos políticos do país. Muitos acreditavam que essa intervenção militar seria apenas por um tempo, para que, depois, o regime democrático voltasse; porém, isso não ocorreu.
Castelo Branco era considerado um militar moderado; entretanto, durante seu mandato foi pressionado a realizar Inquéritos Policiais Militares (IPMs). Eles tinham o objetivo de castigar os cidadãos que tivessem relação com o governo de João Goulart ou que fossem contra ao novo governo. Ocorreu a proibição das greves e intervenções nos sindicatos trabalhistas. Além disso, outras instituições foram proibidas de exercer alguma atividade como a União Nacional dos Estudantes (UNE). Vários funcionários públicos também foram aposentados e a suspensão dos direitos políticos de várias pessoas.
O AI-2 foi assinado pelo presidente em outubro de 1965 e, com ele, foram estabelecidas as eleições indiretas para presidente e a extinção de todos os partidos políticos. Essa última medida trouxe a criação do bipartidarismo com duas agremiações: ARENA e MDB. Posteriormente, foi instituído o AI-3 que estabelecia as eleições indiretas, que seriam feitas pelos colégios eleitorais, para os cargos de governador e vice do cargo.
Os dois partidos que passaram a existir eram divididos com base em apoio ou oposição ao governo. A Aliança Nacional Renovadora (ARENA) era formada pelos políticos que apoiavam o regime e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) era a oposição do regime militar. O bipartidarismo era apenas uma forma de dar um caráter democrático ao regime militar da época, pois apesar da existência de uma oposição com o MDB, não havia nenhuma ameaça à ditadura que ocorria na época.
Ainda no mandato de Castello Branco, foi promulgado o AI-4 e, com ele, a ordem para o Congresso aprovar uma nova Constituição. Em 1967, ele