Governança Corporativa
Em 1976, Jensen e Meckling divulgaram estudos baseados em empresas americanas e britânicas, mencionando o que convencionaram chamar de problema de agente-principal, que deu origem a Teoria da Firma ou Teoria do Agente- Principal. Segundo esses estudiosos, a falha agente-principal surgia quando o sócio (principal) contrata outra pessoa (agente) para que administrasse a empresa em seu lugar. De acordo com a teoria desenvolvida, os executivos contratados pelos acionistas visariam agir de forma a maximizar seus próprios benefícios (maiores salários, maior poder) agindo em interesse próprio e não segundo os interesses da empresa, de todos os acionistas e dos stakeholders. Para minimizar o problema, os autores sugeriram que as empresas e seus acionistas deveriam adotar uma série de medidas para desenvolver interesses dos envolvidos, buscando, acima de tudo, o sucesso da empresa. Para isso, foram propostas medidas que incluíam práticas de monitoramento, controle e ampla divulgação de informações.
No Brasil, o movimento por boas práticas mostrou-se mais empreendedor a partir das privatizações e a da abertura do mercado nacional nos anos 1990. Neste período, em 1995, ocorreu a criação do Instituto Brasileiro de Conselheiros de Administração (IBCA), que a partir de 1999 passou a ser intitulado Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), visando influenciar os protagonistas da nossa sociedade na adoção de práticas transparentes, responsáveis e equânimes na administração das organizações. Ainda em 1999 o IBGC lançou seu primeiro Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa.
Governança Corporativa é o método pelo qual as organizações são dirigidas, controladas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de Governança Corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, ordenando interesses com o objetivo de preservar e