Governança corporativa
Tag along é um mecanismo de proteção a acionistas minoritários de uma companhia que garante a eles o direito de deixarem uma sociedade, caso o controle da companhia seja adquirido por um investidor que até então não fazia parte da mesma. O autor defende que esse direito não é uma medida de que a empresa adota boas práticas pois trata-se de um direito potencial, que pode nunca ser exercido caso o controle não seja alienado. Assim, é possível que uma empresa tenha péssimas práticas de governança durante toda sua vida, investindo mal ou mesmo expropriando os recursos dos investidores (por meio de operações com partes relacionadas, remunerações excessivas, etc.) ao mesmo tempo em que concede aos seus investidores o tão valorizado direito. Mais importante ainda é perceber que a necessidade do tag along deriva do prêmio pelo controle pago aos acionistas controladores.
Um estudo realizado por Nenova (2003) mostra que o prêmio pelas ações do bloco de controle varia muito entre os países, sendo maior nos países com baixa proteção aos investidores e com maior possibilidade dos acionistas controladores obterem certos benefícios não compartilhados com outros acionistas, os chamados benefícios privados do controle. Um estudo de Dyck e Zingales (2004) analisou trocas de controle acionário de 412 companhias em 39 países, encontrando prêmios pelo controle variando de -4% no Japão a +65% no Brasil. Em outras palavras, dentre 39 países, o Brasil foi o que apresentou o maior prêmio pelas ações do bloco de controle, mostrando que aqui os controladores parecem auferir muito mais benefícios do que os de outros países. O estudo de Nenova (2003) utilizou outra abordagem para