Governança corporativa: quando a transparência passa a ser uma exigência global.
Conceitos acadêmicos, mercadológicos e institucionais
No âmbito acadêmico buscou-se um referencial clássico para o tema, embasado na teoria da agência e economia dos custos de transação mesclados a conceitos desenvolvidos na literatura moderna. Mercadologicamente é abordado o estágio atual de desenvolvimento aplicado dos conceitos de governança corporativa no mercado de capitais, apresentando os critérios da Bovespa para inserção de empresas no Novo Mercado instituído a partir de uma adaptação do modelo alemão do Neuer Markt,bem como estudos recentes realizados sobre o tema.
Institucionalmente, os estudos sobre governança corporativa são desenvolvidos e acompanhados pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa cuja atuação tem contribuído para os avanços e disseminação da matéria no País. São apresentadas as principais recomendações emitidas pelo Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, dentre as quais destacam-se ações de cunho contábil como a necessidade de elaboração de demonstrações contábeis nos padrões internacionais e a caracterização da Auditoria Independente como um dos agentes da Governança Corporativa, juntamente com o Conselho de Administração, Diretoria e
Conselho Fiscal.
O tema Governança Corporativa se desenvolve no Brasil num momento em que as empresas passam a se comprometer com a necessidade de um padrão mais elevado de transparência nos negócios.
Trata-se de um novo modelo de gestão que privilegia a informação como forma de atrair maior volume de investimentos.
As empresas têm demonstrado grande interesse pelo mercado de ações, mas por vezes recuam diante das incertezas de ordem política, econômica e pela carência de informações confiáveis sobre os investimentos que pretendem realizar.
Cientes da necessidade de atrair um volume maior de recursos financeiros para as empresas,