Gota
INTRODUÇÃO
O termo "gota" vem do latim "gutta" denominada por Hipócrates devido às gotas de líquido que surgia na articulação do hálux, na maioria dos seus pacientes. A Gota era conhecida também como “a doença dos reis", devido à sua associação com consumo de alimentos finos, e, de álcool etílico.
No Egito verificou-se presença de depósitos tofáceos também em hálux de múmias. A doença ocorreu em personagens históricas como Alexandre, o Grande, Carlos Magno, Henrique VIII, Goethe, Isaac Newton, Michelangelo, Benjamin Franklin, e, Charles Darwin.
No século XIX foi conhecida a relação entre a doença Gota, e, o excesso de ácido úrico circulante.
HIPERURICEMIA
Todos os gotosos têm hiperuricemia, mas nem todos os hiperuricêmicos têm gota.
A elevação do ácido úrico no sangue pode ocorrer por causa de defeitos genéticos que levam a um aumento em sua produção. Outro motivo que o mantém elevado no sangue é a incapacidade dos rins em excretar a substância. Outros fatores como dieta rica em carnes e frutos do mar, ingestão abusiva de álcool e o consumo de alguns medicamentos, podem elevar os níveis de ácido úrico e desencadear a artrite gotosa.
A superprodução de ácido úrico é responsável por 10% dos casos e a diminuição da excreção urinária de ácido úrico representa os restantes 90% dos gotosos.
Os valores considerados normais de ácido úrico no sangue são:
Homens adultos = 3,4 - 7,0 mg/dL
Mulheres adultas = 2,4 - 6,0 mg/dL
CONCEITO
É considerada uma doença metabólica hereditária, caracterizada por precipitação de cristais de monourato de sódio (MUS) nos tecidos. Essa deposição ocorre, principalmente, no interior das articulações, levando ao quadro de artrite, como também nas bainhas sinoviais, nas bursas, no tecido subcutâneo e em outros tecidos, como, por exemplo, nos rins.
EPIDEMIOLOGIA
Acomete principalmente os homens (95% dos casos) entre 30 e 60 anos de idade, sendo que as mulheres costumam apresentar a doença após a