Gota úrica

Formação Reticular e Neurônios Monoaminérgicos do Tronco Encefálico

A – Formação Reticular

Formação reticular é uma agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separado por uma rede de fibras nervosas que ocupa principalmente a parte central do tronco encefálico. A formação reticular tem uma estrutura que não corresponde exatamente a substância branca ou cinzenta, sendo, de um certo modo, intermediário entre elas.
Esta formação não tem estrutura homogênea, podendo delimitar-se grupos mais ou menos bem definidos de neurônios, que constituem os núcleos da formação reticular. Entre estes núcleos destacam-se: núcleos de rafe (contêm neurônios ricos em serotonina), locus ceruleus (apresenta células ricas em noradrenalina), substância cinzenta periaquedutal (importante na regulação da dor) e área tegmentar ventral (contêm neurônios ricos em dopaminas).
Do ponto de vista citoarquitetural a formação reticular pode ser dividida em zona magnocelular, de células grandes que ocupam seus 2/3 mediais, e uma zona parvocelular, de células pequenas que ocupam o terço lateral. A zona magnocelular dá origem às vias ascendentes e descendentes longas e pode ser considerada a zona efetuadora da formação reticular.
A formação reticular possui conexões amplas e variadas. Além de receber impulsos que entram pelos nervos cranianos, ela mantém relações nos dois sentidos com o cérebro, o cerebelo e a medula. As conexões feitas pela formação reticular são: conexões com o cérebro, conexões com o cerebelo, conexões com a medula e conexões com núcleos dos nervos cranianos.
Diante de tantas conexões amplas infere-se que a formação reticular influencie quase todos os setores do sistema nervoso central, suas principais funções são: . * Controle da atividade elétrica cortical. Sono e vigília - O controle da atividade elétrica se dá pela ativação do córtex cerebral, feita pela formação reticular, criou-se então o conceito de sistema ativador reticular ascendente