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Fabricação do penny se tornou totalmente anti-econômica, mas população quer manter ele vivo - apesar de não gostar da moeda de 1 dólar
São Paulo - O custo de produzir uma moeda de um centavo de dólar nos Estados Unidos é maior (US$ 0,016) do que o seu próprio valor.
A razão é que o zinco, material responsável por 97% do penny, está com demanda em alta, oferta em queda e preços disparando na maior alta em 3 anos.
O governo americano continua buscando metais alternativos, mas nenhum seria capaz de abaixar o custo da moeda para abaixo de 1 centavo, de acordo com Tom Jurkowsky, porta-voz do US Mint, fabricante do item.
No ano passado, a moeda de 1 centavo estava ainda mais cara (US$ 0,18) e a perda na sua produção foi de US$ 55 milhões.
A falta de lógica econômica em seguir fazendo estas moedas, cada vez menos usadas pela população, levou os canadenses a banirem o seu penny no ano passado, acabando com um desperdício de US$ 11 milhões por ano.
Nos EUA, a proposta entrou no Orçamento de 2015, mas enfrenta oposição no Congresso. Para o presidente Barack Obama, que já defendeu o fim do penny e do nickel (US$ 0,05), há um componente irracional nesta resistência:
"É uma daquelas coisas que as pessoas se apegam emocionalmente a como as coisas foram (...) Não será uma grande economia para o governo, mas toda vez que gastamos mais dinheiro em algo que as pessoas não usam, é algo que provavelmente deveria mudar. Uma coisa que vemos cronicamente no governo é que é muito difícil se livrar de coisas que não funcionam para podermos investir nas que funcionam", disse ele em um Google Hangout no começo do ano.
Enquanto isso, a moeda de 1 dólar criada a partir de 2007 continua sendo pouco usada pela população e acumula poeira em cofres do governo. A medida, que poderia economizar US$ 700 milhões por ano, vai acabar sugando US$ 2 bilhões em custos de estoque até 2016.
No Brasil, a Casa da Moeda parou de produzir as