Golpe MIlitar
No ano de 1961, a saída de Jânio Quadros do governo promoveu uma grande tensão na vida política nacional. O vice-presidente daquele mandato, João Goulart, era proveniente da chapa de oposição e sua já conhecida fama como ministro do trabalho de Getúlio Vargas sempre o colocou.
De 1961 a 1963, Goulart prioriza esforços para recuperar os seus poderes constitucionais, e obtém êxito, pois consegue antecipar o plebiscito que estava previsto para 1965, que ocorre em janeiro de 1963. Nesse plebiscito o povo iria decidir se o Brasil continuaria parlamentarista ou se retornaria para o presidencialismo. As urnas são favoráveis ao retorno ao presidencialismo e Jango passa a governar com plenos poderes. Jango tenta implantar um plano econômico visando estabilizar a economia brasileira.
Quando Goulart volta-se para a política de reformas estruturais, as chamadas Reformas de Base, expressa no famoso Comício da Central, em 13 de maio de 1964, se acentuam as tensões sociais, políticas e militares, o que criou um clima propício para os setores mais conservadores da sociedade tanto civil como militar. Sem apoio político, nem militar o governo de Jango estava com os dias contados.
Diversos grupos ligados aos militares, movimentos religiosos conservadores e setores do empresariado e da classe média nacionais realizaram a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, ocorrida na cidade de São Paulo. Essa manifestação indicou claramente a tensão que tomava conta do país e expunha claramente que a possibilidade de um golpe militar poderia ser legitimada por parte da