golbol

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A PRÁTICA DO GOLBOL COMO FORMA DE INCLUSÃO DA PESSOA
COM DEFICIÊNCIA VISUAL

1. INTRODUÇÃO

A história das pessoas com deficiência, assim como a história da humanidade, varia de cultura para cultura e reflete crenças, valores e ideologias que estabelecem modos diferentes de relacionamentos entre “deficientes” e “não-deficientes”.
De acordo com Amaral (1996), em nosso contexto social existe um “tipo ideal” de homem construído pelo grupo dominante que corresponde a um ser jovem, do gênero masculino, branco, cristão, heterossexual, física e mentalmente perfeito e produtivo. O desvio desse padrão de “perfeição” é um dos principais geradores da exclusão e da crença que deficiência é igual à invalidez.
Para Sawaia (2001, p.7) [...] “inclusão/exclusão é processo sutil e dialético, pois só existe em relação à inclusão como parte constituída dela [...]”. “[...] é processo que envolve o homem por inteiro e suas relações com os outros”, a seletividade do olhar cotidiano em nossa sociedade fragmentada é implacável, e a desigualdade social contribui para uma inclusão que pode ser perversa.

Incluir o sujeito é uma tarefa ética, implica em tratar a questão da existência das
“diferenças” como “normalidade”. O que ocorre no modo de funcionamento de nossa sociedade tal como se apresenta, é a constatação de que a diferença é tida como anormalidade e como tal justificaria uma desigualdade.

Polemicas se apresentam à medida que as questões de desigualdade não contemplam ainda o despertar da cidadania, dos questionamentos de tudo aquilo que a sociedade contemporânea precisa dar conta como forma deliberada, consciente de considerar os limites de cada um e não uniformizar a partir dos interesses de alguns.

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Observamos que o olhar sobre a diferença é algo que se constrói de acordo com o momento histórico e cultural vivido pela humanidade. Desse modo, podemos considerar que o contexto social pode ter um efeito determinante sobre a deficiência
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