GOFFMAN, Erving. ESTIGMA: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4ª ed.
Brasil: Zahar Editores, 1980.
Lucas Borges Rodrigues1
O capitulo 4 do livro, Goffman, Erving. "Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada” trata, de estigmas e como a sociedade e o próprio estigmatizado reage em situações em que abordam esse tema.
O capitulo 4 “O EU E SEU OUTRO” se divide em três partes, a primeira parte:
“Desvios e Normas”, a segunda parte: “O desviante Normal” e a terceira parte: “Estigma e realidade”. Primeiramente no subcapitulo, “Desvio e Normas” classificam-se de certa forma as pessoas que não se enquadram nas características de um ser normal, que segundo Goffman
“não tem nada de se envergonhar”. Por tanto essas pessoas com algum tipo de desqualificação são estigmatizadas. Pode-se entender que as raças, etnias e deficiências minoritárias tem certa contingência na hora de se relacionar com as pessoas “normais” da sociedade, mais não devemos olhar para pessoas estigmatizadas para compreendermos a diferencia e sim para o individuo “comum”. A sociedade impõe normas para manter um padrão de normal, como por exemplo, a alfabetização, a visão, a beleza física, entre dezenas de outros. Essas normas tomam a forma de modelos perante os quais quase todo mundo fracassa em algum período de sua vida. Temos um individuo que não tem nenhum tipo de estigma, por tanto nada para se envergonhar, segundo Gofman esse individuo seria: “um homem jovem, casado, pai de família, branco, urbano, do norte, heterossexual, protestante, de educação universitária, bem empregado, bom aspecto, bom peso, boa altura e com um sucesso recente nos esportes”. O individuo estigmatizado acaba estrategicamente tentando tomar controle da própria imagem e com isso a impressão que os outros recolhem dele, algumas vezes também acaba acontecendo certa cooperação entre normais e estigmatizados, aquele que se desvia pode acabar preso a norma, por que os normais