GODINHO 1944 A Expans O Quatrocentista Portuguesa
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Godinho – A Expansão Quatrocentista PortuguesaÀs comunidades marítimas interessa se apoderarem de centros e vias de comércios ou pontos estratégicos para empresas que virão.
D. João I – opunha-se à tomada de Castela. Motivo religioso: guerra contra cristãos não é serviço de Deus. Mas a Portugal não interessava expandir-se por aquele local. Propusera auxílio aos castelhanos para a continuação da Reconquista, expulsando os mouros definitivamente. A proposta fracassara devido a questões de sucessão da coroa aragonesa (Reino de Aragón), e a não conveniência do auxílio para Castela, pois implicava compensações territoriais.
João Afonso aconselhava a conquista de Ceuta (localização: fronteira com o Marrocos, bem na ponta da África. Lugar estratégico por conta do Estreito de Gibraltar), e foi inteiramente sua iniciativa que levou ao feito. Apoiado pelo rei representou os interesses econômicos, financeiros das pessoas das cidades. Não há papel de relevância dos Infantes.
Atribuição a D. João I: a) Zurara: fala do rei no Conselho da Ponta do Carneiro, o monarca pensava na tomada de Ceuta desde 1409. b) em 1413 o confessor da rainha é nomeado bispo de Ceuta.
Se já em 1413 é criado o bispado de Ceuta, é porque não só já estava resolvida uma expedição ultramarina como também já estava decidido que aquela cidade marroquina seria seu alvo. A idéia foi dada ao rei em 1409, ou ele concordou de imediato, ou refletiu e discutiu o plano até 1413.
D, João I – representante dos interesses da burguesia. Em outras ocasiões pretendeu restringir o domínio dos nobres.
No projeto da empresa, se atendeu tanto os interesses da burguesia com à crise monetária-social que afetava a nobreza (Ceuta não interessava à burguesia porque a) não era empório comercial, b) não era chave dos cereais marroquinos).
Somente o acordo do rei com os mercadores permitiu a expedição, parte do frete foi paga com sal. A conquista territorial e a guerra forneceriam à nobreza a função social-política que ia