Globalização
A globalização, expressão que surgiu nos Estados Unidos no inicio da década de 1980, pode ser definida como um processo que promove a intensificação das trocas (de mercadorias, serviços, capitais, informações e pessoas). A intensificação criada pelas trocas conduz a criação de um espaço mundial que tende a ser cada vez mais integrado.
Para grande parte dos cientistas sociais, a globalização foi desencadeada no século XVI, com as Grandes Navegações. Teve inicio então um movimento de trocas comerciais entre metrópoles e colônias que alimentou o capitalismo comercial.
No século XVII, a Revolução Industrial fez crescer a produção das industrias e o comercio mundial. Surgiu uma nova etapa do sistema capitalista: o capitalismo industrial, predominante até a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O fim da Segunda Guerra representou uma ruptura na forma de acumulação de capital.
Os diferentes tipos de fluxos
A interdependência entre as várias partes do mundo promovida pela globalização está relacionada a diferentes tipos de fluxos que circulam formando redes. Pode-se afirmar que a globalização produz redes de fluxos e que estas produzem a globalização, numa relação de causa e efeito.
Basicamente, existem quatro grandes tipos de redes de fluxos: os relacionados ás trocas comerciais, os de capitais financeiros, os de serviços (serviços palpáveis, como a compra e a venda de petróleo, por exemplo) e os relacionais ás migrações internacionais. Esses são chamados fluxos materiais.
Há ainda fluxos cujos objetos de troca ou de circulação são percebidos, trocados, mas não são visíveis. Trata-se dos fluxos imateriais ou não materiais.
As multinacionais
Após o fim da Segunda Guerra, ocorreu uma expansão das multinacionais em grande escala. Isso possibilitou a mundialização da produção e a ampliação do comercio mundial não apenas com circulação de mercadorias, mas também com a de serviços.
Entre as multinacionais sempre existiu