globalização
Ao caracterizar a globalização, é mister um breve resgate histórico, onde se observa as primeiras manifestações dessa integração global, o processo de descobrimento e conquista, demonstrando que os problemas da globalização estão desde suas primeiras expressões. As práticas de colonialismo revelaram um grande poder de destruição e alienação para/com as populações nativas dos territórios conquistados. A ocupação colonizadora prevaleceu ignorando tradições, culturas e povos a fim de facilitar a dominação para a exploração.
Destaque para as duas fases em que se deu a globalização: a primeira, com a ocupação territorial, atrelada ao colonialismo; a segunda, com a fragmentação territorial, estágio ocorrido por volta do fim do século XX. Este mesmo centenário, encharcado de revoluções, nos mais diferentes âmbitos.
O desenvolvimento técnico-científico proporcionou uma expectativa por um mundo melhor levando, segundo Milton Santos, ao “desmonte do Estado e bem-estar social”. O humanismo retrai-se, dando lugar ao consumismo exacerbado e dominatório. Milton Santos pondera “o consumo que é hoje o grande fundamentalismo”. Com efeito, fica em evidência o grande contraste global, entre ricos e pobres e sendo uma “aldeia global”, com a globalização, o contraste mundial é entre países ricos e pobres. E, dentro dessa segregação, o homem constrói dentro do planeta, três mundos distintos: o primeiro, sendo um mundo mascarado pela idealização dos poderosos, é como os ricos desejam que a humanidade veja o processo de globalização, perfeito e justo; o segundo, como o mundo é, com suas deficiências estruturais, heterogenias e deformidades; o terceiro mundo é como deve ser, de acordo com Milton Santos “... uma outra globalização”.
Inosbstante, os oligopólios globais usufruem das condições necessárias para “construir um