Globalização e tendências institucionais
A reforma do Estado tem um “norte” fundamental: humanizar e reequilibrar a sociedade. E as empresas têm de assumir a sua responsabilidade social e ambiental neste processo.
Com a urbanização generalizada, as cidades grandes, pequenas ou médias, têm que responder aos problemas simples do cotidiano dos cidadãos, e torna-se cada vez mais absurdo esperar consultas infindáveis dos diferentes escalões de poder. Enfim, num mundo urbanizado, em que tudo está interconectado, não há razão para que o essencial dos problemas do nosso cotidiano, a escola, a saúde, a pequena produção etc, não sejam regulados diretamente pelos interessados, a população, através das instâncias locais.
Era natural, quando éramos essencialmente populações rurais dispersas, que todas as decisões se tomassem na capital, na esfera do governo central. Hoje o município é o primeiro a enfrentar a explosão dos problemas urbanos, mas constitui o último escalão da administração pública.
Antigamente os empregados da cantina da General Motors faziam parte do movimento organizado dos trabalhadores metalúrgicos, e se beneficiavam do fato de pertencer à empresa. Hoje, terceirizados. A Nike e tantas outras