Globalização e segurança publica
O perfil da criminalidade está rapidamente se alterando neste final de século. A criminalidade violenta, decorrente de desigualdades sociais e de um processo de acelerada e desestruturada urbanização, hoje se encontra organizada e internacionalizada.
Assim como a economia, o crime se encontra em processo de globalização. As organizações criminais não mais se limitam a uma base territorial. A começar pelo narcotráfico, o crime organizado movimenta, hoje, enorme quantidade de dinheiro, por intermédio do sistema financeiro internacional.
Corrupção, jogo ilegal, prostituição seguem o mesmo fluxo. Estas atividades criminais geram um tipo de violência antes desconhecido. Além do mais, degradam as comunidades, esgarçando o tecido social e criando um clima de anomia e insegurança.
O crime organizado é um fenômeno globalizado que cresce principalmente onde há pouca presença do Estado.
A globalização do crime organizado é uma realidade pela facilidade de uso da internet e do telefone celular. É de fato um dos maiores problemas da atualidade. Mediante o uso destes equipamentos, os criminosos podem facilmente executar todos os passos da administração moderna para praticarem os seus crimes, ou seja, 1 - planejam, 2 - organizam, 3 - coordenam, 4 – comandam e 5 - controlam as suas atividades criminosas. Por isso a utilização destes recursos tecnológicos pelos criminosos deveria ser restrita e rastreada como prioridade pelos governos, mediante uma polícia internacional virtual. Desta forma, impõe-se modificar a legislação para que o estado possa utilizar todas as tecnologias modernas existentes para combater o crime globalizado, que por sua vez utiliza estas tecnologias sem se preocupar com restrições legais. Na realidade, os princípios constitucionais que asseguram a inviolabilidade da intimidade não são absolutos. Diante de um conflito de interesses, prevalece