Globalização e Helenismo - Uma abordagem Comparada
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Segundo o autor Pierre Léveque em “O mundo Helenístico” o processo de “helenização” começa através da expansão do reino de Alexandre da Macedônia. Helenização, de acordo com Léveque foi um processo de introdução da cultura grega em outras sociedades antigas. Helenismo pode ser entendido como a cultura helena, ou seja, dos gregos. Segundo o autor Alexandre manda educar 30 mil crianças iranianas a maneira grega, manda trazer para sua corte artistas gregos tais como, Lisipo ou Apeles, entre outras ações que demonstram a tentativa de mesclar a cultura grega com a cultura bárbara, daí a helenização. Em uma forma atual de difusão de cultura e educação, temos o processo de globalização. No livro “Sociedade, educação e cultura(s)” de Vera Maria Candau, é explicitado como funciona o processo de globalização e a problemática da diversidade cultural em um mundo cada vez mais globalizado que tentar acabar com as diversidades culturais. Pode-se encontrar semelhanças entre o processo de helenização e globalização, visto que ambas tentam difundir uma cultura hegemônica de um determinado país/reino para outros lugares, formando assim apenas uma cultura. Outro ponto de semelhança é o fato de a helenização, Alexandre da Macedônia usar a educação como forma de introduzir a cultura helena para os povos bárbaros, como é mostrado no livro de Léveque, 30 mil crianças iranianas foram educadas à maneira grega, mostrando assim a tentativa de Alexandre da Macedônia, de moldar a cultura da população “bárbara” através da juventude. Segundo Vera Candau atualmente a educação também tem sido usada para difundir certas visões de cultura e mundo que favorecem a globalização, como o ensino tecnicista. Também percebe-se semelhanças na forma como essa cultura hegemônica é difundida, podemos ver que as culturas não hegemônicas se modificam de forma mais acentuado quando em contato com as culturas hegemônicas, que pouco modificam seus costumes