Globalização, modernidade e individualização social
Globalização, modernidade e individualização social
Myriam Raquel / Cristiane da Silva
O Artigo examina as características e bases institucionais dos processos de individualização social em contextos de globalização.
A modernidade, por seu dinamismo, impacto generalizado e quebra com as formas de conhecimento e ação tradicionais, diferem de todas as formas precedentes de ordem social. Com efeito, a modernidade produziu o surgimento de um duplo processo: de um lado a homogeneização universalizadora e reducionista da subjetividade, e, do outra fragmentação ou “quebra das territorialidades humanas tradicionais”. E podem ser consideradas como duas faces de uma mesma moeda como também, o enfraquecimento de uma estrutura densa e profunda de imperativos morais próprios da ordem pré-modernidade.
Os processos de modernização determinam o desenvolvimento de novas características nos campos da ideologia, da ciência, da técnica, da religião, da arte e praticamente de todas as formas do saber, transformações que se exprimem na relação da sociedade com os indivíduos. Para Giddens a globalização se refere ao processo de alongamento e distanciamento tempo-espaço e pode ser compreendida de forma geral como: “interseções entre presença e ausência, ao entrelaçamento de eventos e relações sociais, à distância com contextualidades locais”. A globalização do mundo expressa um novo ciclo de expansão do capitalismo, como modo de produção e processo civilizatório de alcance mundial. Assinala a emergência da sociedade global, com uma totalidade abrangente, complexa e contraditória. Esse tipo de processo tem sido objeto de inúmeras interpretações. Para os fins da presente discussão interessa salientar a importância que assume a globalização da vida social como elemento constitutivo. Deste modo as incertezas que se colocam podem tornar os indivíduos e as famílias mais vulneráveis e