Globalização financeira
SÃO PAULO
2012
(a) Tema e Título do projeto de pesquisa
PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA - IMPACTO NO BEM-ESTAR, NA POBREZA E DESIGUALDADE.
(b) Justificativa: justificar a pesquisa, contextualizar e abordar as questões mais relevantes sobre o tema que pretende desenvolver;
Atualmente, a renda per capita anual do Brasil se mantém suficiente para garantir o mínimo necessário de sobrevivência, mas ainda observa-se uma porcentagem significativa de brasileiros que ainda não consegue viver suprindo necessidades essenciais de sobrevivência.
Em 2004, segundo dados do FMI, o Brasil era considerado a décima segunda economia do mundo, não obstante, cerca de 30% da população brasileira eram considerados pobres.
Esses dados explicam-se pela desigualdade de renda em nosso país, destacada como uma das piores do mundo.
Desde 1960 o índice de Gini no país flutuou entre 0,50 e 0,60. Esses dados mostram que a desigualdade de renda no Brasil apresenta uma “estabilidade inaceitável”. Assim, a pobreza no Brasil não deve ser atribuída à escassez de recursos, mas sim à concentração de renda e à desigualdade de oportunidades de inclusão econômica e social: “o extremo grau de desigualdade distributiva representa o principal determinante da pobreza” (BARROS; HENRIQUES;MENDONÇA, 2001:11).
O debate sobre distribuição de renda no Brasil iniciou-se em 1970, inspirado pela contradição entre o forte crescimento econômico verificado no período do “milagre econômico” e a piora nos indicadores de concentração de renda: Hoffmann e Duarte (1972) verificaram que o índice de Gini havia aumentado de 0,49 em 1960 para 0,57 em 1970, apesar de o país ter crescido a taxas médias de 10% ao ano nessa década.
Dado que a literatura toma a estrutura da distribuição da renda pessoal como a principal causa da pobreza no país, nas análises sobre a questão distributiva, a academia sempre concedeu atenção especial à