GLACIAÇÃO E DINÂMICA BIOGEOGRÁFICA DO PLEISTOCENO
GLACIAÇÃO E DINÂMICA BIOGEOGRÁFICA DO PLEISTOCENO
Assim, como resultado da deriva continental durante o Fanerozóico, a Terra sofreu vários períodos de extensa glaciação. Ao longo da maior parte do Mesozóico e início do Cenozóico, o clima global era relativamente quente e uniforme, com poucas variações entre as estações ou latitudes.
De acordo com o registro paleontológico recente, esses eventos tinham profundos efeitos nas biotas terrestres e marinhas. A Cordilheira dos Andes sofreu glaciação, mas a maior cobertura de gelo foi no Chile e na Argentina. Em terra firme da Austrália não houve glaciação, exceto por uma pequena cadeia de montanhas em Vitória e na África apenas nas Montanhas Altas, do lado extremo sudoeste, e nas montanhas mais altas do leste.
Três características da órbita terrestre em torno do Sol mudam com o tempo, cada uma com uma periodicidade característica. Essas mudanças são denominadas de Ciclos de Milankovitch devido a seu descobridor.
Os climas equatoriais eram tropicais, como são hoje, mas os gradientes latitudinais na temperatura eram menos pronunciados e os climas terrestres eram geralmente mais homogêneos. Devido à alta capacidade térmica da água, a temperatura global dos oceanos variou apenas 2° ou 3°C entre os períodos glaciais e interglaciais. Por outro lado a circulação oceânica e atmosférica mudaram substancialmente e a zonas climáticas se alteraram muito em latitude e altitude a cada seqüência climática.
A reconstrução resultante das temperaturas globais durante os últimos 2 milhões de anos revela que a Terra sofreu pelo menos dez períodos glaciais principais, (isto é, períodos durante os quais as temperaturas globais estavam pelo menos 4°C abaixo da temperatura interglacial atual). Nesses tempos, as geleiras do Ártico expandiram-se pelas pradarias e montanhas de latitudes médias na Eurásia e na América