No Brasil, as estatísticas oficiais ainda não quantificam, adequadamente, a ocorrência anual de acidentes do trabalho no Brasil. Uma das principais razões reside na abrangência do levantamento. Apenas são registrados os acidentes que ocorrem com os segurados, isto é, com os trabalhadores regidos pela CLT que contribuem para a Previdência Social. Segundo as últimas estatísticas oficiais, relativas ao ano de 2009, os acidentes com lesão totalizaram 723.452 casos no período de um ano, sendo que 2.496 trabalhadores morreram em acidentes do trabalho. Nesse mesmo ano, 13.047 trabalhadores ficaram permanentemente incapacitados para o trabalho devido a acidentes e doenças do trabalho. O acidente é, por definição, um evento negativo, não planejado e indesejado do qual resulta uma lesão pessoal ou dano material. Essa lesão pode ser imediata (lesão traumática) ou mediata (doença profissional). Assim, caracteriza-se a lesão quando a integridade física ou a saúde são atingidas. O acidente, entretanto, caracteriza-se pela existência do risco. Muitas vezes o acidente parece ocorrer sem ocasionar lesão ou danos e alguns chamam esses acidentes de incidentes ou de quase acidentes. Outros, preservando a definição, os chamam de acidentes sem lesão ou danos visíveis. Nesse caso o prejuízo ou dano material pode ser até mesmo a perda de tempo associada ao acidente. Como exemplos de diferença, pode-se citar a exposição do trabalhador a ruído excessivo, que é causada por ausência de isolamento acústico e/ou não utilização de protetor auricular. Como consequência, há a perda auditiva ou uma doença profissional. Já a queda de um trabalhador de um andaime, causada por ausência da proteção lateral do andaime e/ou não utilização de cinto de segurança, acarreta fraturas diversas ou lesões traumáticas e/ou morte.
O gerenciamento dos riscos associados ao trabalho é fundamental para a prevenção de acidentes. Isso requer pesquisas, métodos e técnicas específicas, monitoramento e controle. Os