ginecologia
“Semiologia”, com origem no grego semeion, que significa sinal, e logos, tratado, é a parte da Medicina que estuda os sintomas e os sinais das doenças. Por seu turno, “semiótica” deriva do grego semeiotike e, embora tendo o mesmo significado etimológico que o termo anterior, aplica-se mais comum e especificamente à metodologia da colheita e ao processo de sistematização dos sintomas e sinais clínicos. Assim, a semiologia ginecológica é a parte da semiologia que se ocupa do estudo dos sintomas e sinais das modificações funcionais e das doenças do aparelho genital feminino. Mantendo o sentido restritivo da ginecologia, que mais correctamente deveria ser chamada genitologia1, não se inclui neste capítulo a exploração mamária.
A orientação duma consulta ginecológica obedece às regras gerais das dos restantes ramos da clínica médica e inclui o interrogatório e o exame físico, geral e, naturalmente mais detalhado, do aparelho genital, recorrendo quando e se necessário a meios auxiliares de diagnóstico. Em capítulos específicos, como sejam o das doenças sexualmente transmissíveis e o da reprodução, pode e deve o ginecologista realizar ainda exame objectivo do cônjuge.
1. ANAMNESE
“Anamnese” (do grego anamnesis) significa recordar o que parece esquecido, aplicando-se em medicina à colheita de dados históricos pessoais ou referentes à perturbação
que motiva a consulta. Para a sua execução exigem-se cada vez mais ao clínico e para além do bom conhecimento técnico, competência em comunicação2. As capacidades que permitem o estabelecimento de uma boa comunicação são a empatia, a atenção dada à narração, o conhecimento do conteúdo do diálogo e o relacionamento estabelecido, todas elas passíveis de aprendizagem e melhoria2. Hoje a informação acessível na internet, nem sempre correcta e frequentemente disponibilizada com intenções comerciais, obriga ainda a uma complementar preparação do médico3. E muito em breve, numa total