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O vale do rio São Francisco, na região norte de Minas Gerais, exibe uma sucessão sedimentar constituída por coberturas neoproterozóica ( Grupo Bambuí) e fanerozóicas
(Grupo Urucuia e depósitos terciárioquaternários),pertencentes à Bacia Intracratônica do
São Francisco. (alkmim & MartinsNeto 2001). Tectonicamente, a área inserese no compartimento central do cráton do São Francisco (Almeida 1977, Alkmim & MartinsNeto
2001) e, à exceção do extremo leste, onde foi observada inflência dos dobramentos brasilianos da Faixa Araçuaí, a área representa uma cobertura tabular subhorizontal, pouco deformada na escala regional. No entanto, estruturas tectôncias de orientação NW
(horstanticlinal de Montalvânia, Beurlen 1973) e EW (falha de São joão das Missões) foram observadas em trabalhos de campo e a partir de fotolieamentos. De maneira geral, a estrutura da área de estudo está controlada pela disposição do embasamento. Este embasamento, coincidindo com o início da sedimentação do Grupo Bambuí foi soerguido
Alto de Januária provavelmente por ação de falhas normais sinsedimentares, que originaram subsidência deferencal, provocando um progressivo afundamento para todas as direções a partir da região de Januária (Iglesias 2007).
O rio São Francisco representa um divisor na distribuição e espessura das formações do
Grupo Bambuí na área (vide Figuras 2 e 3).A falta de correspondência entre a margem esquerda, onde afloram as rochas carbonáticas da Fm. Sete Lagoas e a margem direita, representada pela sucessão pelito/carbonática das formações Serrra de Santa helena e
Lagoa do Jacaré, foi relacionada por diversos autores (Robertson 1963, Cassedane 1972,
Lopes 1979) a uma falha de gravidade (mascarada pelas extensas coberturas da planície aluvial do ria São