Getúlio Vargas
Na campanha para a sucessão presidencial de Eurico Gaspar Dutra, com a maioria dos votos, Vargas venceu, candidato do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) com apoio do Partido Social Progressista (PSP). Ele deveria governar de 1950 a 1955, pois a Constituição brasileira da época determinava cinco anos de mandato para presidente.
Ao renunciar em 1945, conta-se que o ex-presidente afirmara: “Voltarei nos braços do povo”. E de fato, ele retornou à presidência do país pelo voto direto. Durante sua campanha eleitoral, a marchinha mais cantada apresentava o seguinte refrão:
“Bota o retrato do velho outra vez, bota no mesmo lugar, O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar”.
A aproximação entre Brasil e Estados Unidos sofreu um revés em função da política populista e nacionalista de Vargas. Em sua estratégia de governo, ele defendia o desenvolvimento da indústria nacional e a diminuição da dependência da economia brasileira do capital internacional. Isso de certa forma, afetaria os interesses estadunidenses na economia brasileira, representados politicamente pelo partido da União Democrática Nacional (UDN).
Em sua campanha política, já anunciava o interesse em aprimorar a legislação trabalhista e promover o desenvolvimento da industrialização nacional. Defendia também o monopólio estatal de setores tidos como fundamentais para o desenvolvimento econômico: as indústrias de base- siderúrgicas, petroquímicas, comunicações, transportes e energéticas. Em 1952, lançou a Campanha “O petróleo é nosso”, cujo objetivo era mobilizar a opinião popular em torno da necessidade de se estabelecer o monopólio sobre a extração petrolífera no Brasil. Em 1953, surgia a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras), indústria estatal que passou a deter o privilégio da exploração