Getulio vargas
O suicídio de Vargas fez com que a breve presença de Café Filho na presidência fosse marcada por uma grande instabilidade. Para acalmar as tensões dessa época, o novo presidente saiu aos meios de comunicação prometendo assumir os compromissos firmados por seu antecessor. Entretanto, a pressão política exercida pelos setores de oposição fez com que Café Filho permitisse a entrada de políticos udenistas em seu novo gabinete ministerial.
Os grandes problemas econômicos da época (a inflação e o déficit da balança comercial) foram combatidos através da limitação do crédito, a redução das despesas públicas, a criação de uma taxa única de energia elétrica e a retenção automática do imposto de renda sobre os salários. Além disso, para buscar apoio junto aos parlamentares na aprovação de tais medidas, Café Filho declarou que seu governo tinha caráter provisório e não tinha maiores pretensões políticas.
A prova desse caráter transitório foi percebida quando o presidente negou a sugestão de adiamento das eleições estaduais, propostas por políticos que temiam uma vitória massiva do PTB por conta da comoção causada pela morte de Getúlio Vargas. O temor dos conservadores acabou não tendo reflexo nas urnas, onde os partidos getulistas tiveram um pequeno avanço. Logo em seguida, as disputas seriam reavivadas com as eleições para presidente.
Já em 1954, Juscelino Kubitschek lançou sua candidatura pelo PSD. Logo em seguida, os militares ofereceram um documento ao presidente sugerindo que as eleições fossem organizadas em torno de um único candidato aprovado pelas forças militares. A proposta – supostamente favorável aos udenistas – foi combatida pelo PTB, que compôs aliança com JK ao colocar João Goulart como vice-presidente da chapa. Com isso, a mobilização sugerida pelos militares não teve prosseguimento.
Dessa forma, a UDN enfrentou sérias dificuldades para escolher um nome que fizesse frente à chapa PTB/PSD. A escolha final da oposição acabou sendo fechada nos