Gesão de risco
GESTÃO DE RISCO HÍDRICO NO ESPAÇO BRASILEIRO:
O CASO DO MUNICÍPIO DE BELO-HORIZONTE, MG.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM GEOGRAFIA:
CURSO DE MESTRADO
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
CANDIDATA DA SELEÇÃO 2010:
CINDY OLIVIER
1. Introdução
No Brasil de maneira geral, o processo de urbanização acelerado participou na multiplicação de desastres naturais. Observam-se simultaneamente uma intensificação de demanda social, um déficit habitacional e uma especulação imobiliária, ocasionando conseqüentemente uma enfraquecia do poder público no controle e ordenamento do uso do solo. Acredita-se que há uma relação de causa-efeito entre a concentração populacional e a degradação ambiental (Coelho, 2009), porem, a falta de planejamento na “cidade informal”1 intensifica o processo. As forças do mercado geraram um modelo segregacionista de organização territorial. Constata-se, assim, que a ocupação das margens dos rios e das encostas pela moradia de baixa renda era a única alternativa de produção de espaço, os rios urbanos eram considerados como o lixo porque não havia um serviço universal de coleta de resíduos sólidos e esgotos, e por último, a falta de vontade política pela preservação ambiental das áreas protegidas e das bacias hidrográficas contribuiu na deterioração dos recursos naturais e afetou diretamente a qualidade de vida de todos os habitantes das regiões mais urbanizadas. Na região do Sudeste e na Zona da Mata Nordestina, nota-se uma intensificação de enchentes e escorregamentos a partir dos anos 1960. A presente pesquisa define a gestão de risco hídrico como o conjunto desses dois fenômenos naturais de origem meteorológica, causados pelas precipitações intensas de curta duração ou pelas precipitações prolongadas em vários dias consecutivos, e intensificados pela ação humana.
A percepção do