“Gestão social: reflexões teóricas e conceituais”
O autor assevera a importância da busca por alternativas teóricas no campo da administração, afirmando que a literatura anglo-saxônica pouco tem feito em relação a este propósito, limitando-se a reproduzir os mesmos princípios do taylorismo -fordismo. É como se estes modelos de produção/gestão fossem os únicos viáveis, sendo inimaginável uma ruptura com os mesmos, restando somente aperfeiçoá-los.
O Artigo posiciona a Gestão social (estado da arte), apontando os avanços e críticas em relação a ela, propondo “uma delimitação inicial para este campo em construção” (p2), em que falta ainda um consenso. A Gestão Social pode ser entendida sob diversos aspectos, mas o autor destaca como um contraponto à gestão estratégica, pois a principal característica da Gestão Social seria a tomada em decisão de forma coletiva, onde todos pudessem se expressar. O conceito também abrange a gestão de políticas públicas sociais (de organização do terceiro setor, do combate a pobreza e problemas ambientais), porém o estudo ressalta não ser este, exclusivamente, o significado da expressão. Gestão Social abrange a gestão democrática e participativa, não só na construção de políticas públicas como também na gestão produtiva.
Para os teóricos que defendem a Gestão Social como um campo que se desenvolve na esfera pública (principalmente nas organizações públicas não estatais), este modelo tem como fim, o interesse publico, a autonomia dos indivíduos (consciência crítica), alicerçado na democracia deliberativa, de acordo com Botrel, Araujo e Pereira (2010), citado na obra.
É discutida ainda a banalização do termo “Gestão Social”, tendo sido apontados vários trabalhos correlatos que defendem inacabáveis interpretações, chegando -se a conclusão de que o termo vem sendo usado para qualificar qualquer prática que tome um mínimo de distância da gestão tradicional ( ou estratégica).
A gestão social confronta a lógica