Gestão Social - Reconhecendo e construindo referenciais
RESENHA
Sobre o texto Gestão Social – Reconhecendo e construindo referenciais de Marilene Maia¹, é perceptível o recorte daquilo que se entende por Gestão Social contra o social e Gestão Social para o Social.
A gestão social contra o social segundo a autora apresenta-se como estratégia técnica e instrumental, viabilizadora da qualificação e eficiência do trabalho e organizações do campo social, é afirmadora do capital e não da cidadania.
De outro modo, a Gestão Social para o Social se apresenta de forma a viabilizar o desenvolvimento societário emancipatório e transformador. É fundada nos valores, práticas e formação da democracia e da cidadania, em vista do enfrentamento às expressões da questão social, da garantia dos direitos humanos universais e da afirmação dos interesses e espaços públicos como padrões de uma nova civilidade.
A esse contexto de construção emancipatória numa perspectiva dialética do sujeito que busca compreender a si mesmo Kosik (2002) destaca.
A realidade social não é conhecida como totalidade concreta se o homem, no âmbito da totalidade, é considerado apenas, e, sobretudo, como objeto e na práxis-objetiva da humanidade não se reconhece a importância primordial do homem como sujeito (Kosik, 2002, p. 52-53).
A isso se entende a importância do reconhecimento o homem enquanto sujeito em transformação, em constante processo dialético com o seu meio, portanto, uma realidade dinâmica e que requer um olhar aprofundado da realidade social levando em consideração o homem como ser vivo e, por assim dizer, suscetível a mudanças.1