Gestão do conhecimento ainda é um desafio para as empresas
Cresce a valorização do uso estratégico das informações e ela já é tratada como onda, sobretudo, nas grandes empresas.
Peter Druker talvez tenha sido o primeiro expert global a debater a gestão do conhecimento nos moldes como deveria ser e é aplicada atualmente. Em 1998, em artigo publicado em uma edição da Harvard Business Review sobre o tema, o especialista afirmara que o uso da informação de forma estratégica e voltada para inovação pautaria as companhias de sucesso nos próximos 20 anos. Pelo o que se vê, ele não estava errado. Druker previu a redução dos cargos gerenciais, o papel estratégico da TI na transformação e o advento de pessoas capazes de converter dados em informações. As crises – e não me refiro a esta última que ainda está em curso em alguns países – contribuíram muito para esta guinada, já que, depois delas, vieram tratados de governança e transparência.
Mas, embora o conceito de gestão do conhecimento esteja difundido em mercados maduros e nações ricas – fala-se inclusive em uma nova onda, a chamada 2.0 -, quando se avalia a situação de países em desenvolvimento, como o Brasil, o cenário é de que eles estão apenas no início desta empreitada. Muitos dos projetos que se vê, como os próprios especialistas ouvidos por InformationWeek Brasil explicam, tratam apenas da gestão da informação, ou seja, de organizar dados em um grande repositório sem aquela real preocupação em como aplicar este contingente em projetos de inovação, na geração de conteúdo estratégico e até na elaboração de novos produtos.
Como lembra Luiz Rogério Saraiva dos Santos, professor convidado da Fundação Instituto de Administração (FIA) e corporate business entrepreneur da Sábia Experience, que fornece soluções que suportam a gestão, as empresas sofrem com a quantidade de informações que possuem. “Como organizar? Como melhorar o desempenho? Como aumentar a capacidade de inovação? Poucas organizações conseguem fazer de