Gestão do conecimento
1.1 Qualidade: concepções, princípios e características
Assim como ocorre com a concepção de gestão, o termo qualidade é polissêmico e sua evolução resulta da interação de diversos fatores, essencialmente aqueles relacionados à estrutura organizacional e ao processo gestor. Sofrem influências e influenciam os paradigmas vigentes em cada momento histórico, determinando ciclos de existência (MARSHALL JUNIOR, 2005).
Constata-se, atualmente, que a busca pela qualidade constitui-se como objetivo primordial de todos os tipos de organização, sejam estas de produtos ou de serviços (TARABOULSI, 2006). Para tanto, torna-se indispensável a adoção de procedimentos, estratégias e recursos que possibilitem a qualificação do processo de desenvolvimento e de produção da organização em face das características e exigências do mundo contemporâneo.
Entende-se que a busca pela qualidade de ambientes e de serviços é, hoje, uma condição de preexistência da organização (OLIVEIRA, 2006).
Segundo o mesmo Autor (2006, p. 4), o conceito de qualidade “[...] passou por três grandes fases: era da inspeção, era do controle estatístico e era da qualidade total”.
A era da inspeção situa-se antes da Primeira Revolução Industrial, quando o produto era inspecionado pelo produtor e pelo cliente. Procurava-se detectar eventuais defeitos de fabricação do produto.
A era do controle estatístico utilizou-se de técnicas estatísticas, uma vez que o crescimento da demanda mundial por produtos manufaturados impossibilitou a verificação de produto a produto. O controle passou a ser feito por amostragem aleatória que representava o universo da produção. Aos poucos, a inspeção deslocou-se do produto para o processo de produção.
A era da qualidade total, que corresponde ao período atual, enfatiza o cliente que se torna “[...] o centro das atenções das organizações que dirigem seus esforços para satisfazer às suas necessidades e expectativas” (ibidem, 2006, p. 4), passando