Experiências da educação a distância no maranhão
O Maranhão na década de 60 enfrentava graves problemas sócio-econômicos e apresentava uma estrutura educacional deficiente, que requereu especial atenção dos governantes.
O déficit de escolas médias (hoje, Escolas de Nível Fundamental e Médio) era enorme, muito maior do que o das escolas primárias. O que era gravado pela constatação de que a maioria dessas escolas pertencia a particulares, o que dificultava o acesso da população menos favorecida, mais numerosa e mais carente de conhecimento.
Dentro desse contexto, as Escolas Médias, não atendiam a realidade sócio-educacional do Estado, o que implicava na falta de oportunidade, para a população de idade escolar, de ingresso na Escola Pública.
Outro aspecto do sistema educacional da época era o da falta ou insuficiência de professores qualificados para esse grau de ensino.
Diante a essa realidade, o governo do Maranhão, em 1968, optou por soluções criativas e inovadoras na área educacional, criando para o interior o Estado o Projeto João de Barro que pretendia inserir o homem rural no processo de desenvolvimento sócio econômico racionalizado e o Projeto Bandeirantes para sanar o impasse das escolas médias nas zonas urbanas dos municípios.
Para a capital, São Luís, na qual a demanda concentrada de vagas era maior, o governo optou pela utilização da chamada tecnologia educacional – a televisão, meio capaz de solucionar simultaneamente, os problemas inerentes a qualidade de ensino, a demanda de vagas e a urgência em atendê-las.
No intuito de viabilizar tal projeto o Governo implantou em 1969, o Centro Educacional do Maranhão – CEMATVE.
A Televisão Educativa no Maranhão foi criada em 1° de dezembro de 1969 e se tornou referência nacional, principalmente por ser experiência pioneira no Brasil, expressando um projeto pedagógico inovador, com proposta sui generis1 de ensino, com ações estudantis durante o ano letivo, tais como: feiras de ciências,