Gestão de risco
A Resolução n° 2.183/95 do Conselho Monetário Nacional alterou, significativamente, a estrutura da indústria de fundos de investimentos no País. A reformulação proporcionou o alongamento dos prazos das aplicações e uma maior liberdade na composição das carteiras dos fundos.
As aplicações em bolsa de valores e fundos de ações estavam no seu auge quando ocorre a Crise da Ásia, em outubro de 1997, o que incorreu em uma fuga de capitais da Bolsa de Valores e sua consequente desvalorização. A queda da bolsa foi acompanhada pela alta da taxa de juros, como forma de tentar conter e até mesmo atrair os capitais que saíam com a crise, além tornar esta taxa mais atrativa para novos investidores. A esta crise seguiu-se a Crise da Rússia, em setembro de 1998, e a Crise do Brasil, em janeiro de 1999, com efeitos bastante semelhantes, porém com diferentes intensidades.
Pode-se observar nos gráficos seguintes o volume crescente de recursos dos fundos de prazos mais longos, especialmente a partir de 1997. Os Fundos de Renda Fixa de 60 dias são os que apresentam maior volume de recursos investidos, acima dos 100 bilhões de Reais, equivalendo-se à caderneta de poupança. O mercado de títulos públicos tem um crescimento bastante significativo no mesmo período, conferindo maior liquidez para este mercado, como pode ser visto no gráfico a seguir.
Em vista dessa crescente procura por alternativas de investimento, em especial dos fundos de renda fixa, torna-se necessária uma análise consistente dos fundos de investimentos a partir do uso das ferramentas desenvolvidas na Teoria de Finanças.
Neste contexto, formulou-se uma metodologia de análise de fundos de renda fixa, a ser apresentada no decorrer deste trabalho, para suprir as necessidades do mercado e dos investidores, pessoas físicas em particular.
Fundos de Renda Fixa e a Análise Tradicional
A composição dos fundos de renda fixa constitui- se no principal fator diferenciador entre a análise tradicional