Gestão clubes de futebol
Programa de Pós-graduação em Sistemas de Gestão, TEP/TCE/CTC/PROPP/UFF
Gestão de Clubes de Futebol Brasileiros: Fontes
Alternativas de Receita
Cláudio Vicente Di Gioia Ferreira Silva
Luiz Alberto Nascimento Campos Filho
Mestrado em Administração, Faculdades IBMEC
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
*Recebido: Janeiro, 2006 / Aceito: Novembro, 2006
RESUMO
O futebol como negócio representa uma oportunidade de alavancagem sócio-econômica. É preciso que haja uma modernização das organizações que o comandam, já que a sociedade brasileira é insatisfeita com os serviços prestados e os clubes brasileiros, em sua maioria endividada, acabam desvalorizando sua marca associada a uma ineficácia administrativa.
Em 1998 um novo fator veio influenciar nesse cenário: foi sancionada a Lei nº. 9.615, conhecida como lei Pelé, que extinguiu o passe dos jogadores de futebol. Até então, os clubes de futebol brasileiros tinham como principal fonte de receita a venda do passe de jogadores. A partir dessa mudança regulatória, os clubes foram obrigados a desenvolver fontes alternativas de receita. O presente artigo tem como objetivo analisar este novo cenário e apresentar opções aos clubes, que não estejam ligadas somente á venda de passe de jogadores. Para isso será realizado um estudo comparativo entre o futebol brasileiro e o futebol europeu, identificando quais as estratégias empregadas e os resultados obtidos. Nesse contexto, o apoio governamental e a relação dos clubes com os seus clientes mostraram-se como os itens relevantes.
Palavras-chave: Fonte de Receita, Clubes de Futebol, Mudança Regulatória
1 - INTRODUÇÃO
Em 1998 o passe i foi extinto no futebol brasileiro através da Lei nº 9.615, a chamada
“Lei Pelé”. No Brasil, os clubes de futebol, que até então tinham como sua principal fonte de receita a venda do passe de jogadores, foram induzidos a desenvolver fontes alternativas de receita. Surgiu uma