Gestao de Clubes de futebol
No mundo, o futebol é considerado um grande negócio, apresentando crescimento contínuo e valores vultosos de receitas com patrocínio, salários de atletas e rendas de jogos divulgados amplamente nos meios de comunicação. Observam-se, ao longo do tempo, diversas transformações no ambiente das organizações esportivas que têm influenciado suas formas de gestão. A modernização que se espera para o futuro dos clubes que comandam o futebol profissional deve influenciar os vários níveis organizacionais dessa indústria de lazer e, principalmente, um melhor entendimento dos seus verdadeiros papéis social e econômico.
Analisando o ranking divulgado pelo Banco Mundial do Produto Interno Bruto (PIB) de 150 países, em 2009, o Brasil se encontra em oitavo lugar, posição que retrata fielmente o bom desempenho da economia no século XX. De forma similar, o País tem papel destacado no cenário do futebol mundial, tendo conquistado o maior número de títulos em Copas – cinco no total – além de uma série de outros títulos internacionais. Observa-se, entretanto, um elevado grau de fragilidade econômica e financeira nos demonstrativos financeiros dos principais clubes do futebol brasileiro, característica que não se harmoniza com o potencial econômico e a força do futebol. Segundo Leoncini, “os clubes de futebol se veem diante de uma situação inusitada: por um lado, a pressão social revestida pela Lei Pelé; por outro, a situação financeira da maioria dos clubes brasileiros (endividados e sem caixa) assume caráter simbólico de ineficácia administrativa e desvalorização de seu produto ou marca”.
Este artigo apresenta o processo histórico da regulação aplicável ao futebol brasileiro, discute as principais fontes de renda dos clubes, as dificuldades de controle de custeio, algumas proposições para otimização da performance financeira e a inépcia administrativa refletida na estrutura organizacional