Gestão ambiental
Capítulo 1: Introdução:
A miséria, a poluição e a escassez de recursos são assuntos que fazem parte da nossa sociedade por meio do modo de produção atual. Contudo, a proporção e a intensidade que atingiram têm levado a humanidade a uma nova maneira de pensar o desenvolvimento. É nesse contexto que se conceitua o desenvolvimento sustentável
— um paradigma que tem como objetivo conciliar o desenvolvimento econômico às qualidades ambiental e de vida.
Entendendo sustentabilidade como um conceito que depende da escala de tempo e de espaço, Costanza (1991) menciona que sustentabilidade é a relação harmônica entre sistemas econômicos e sistemas ecológicos maiores, sendo ambos dinâmicos.
Cabe observar, no entanto, que na dimensão temporal existe um enorme descompasso entre os sistemas econômicos e ecológicos. Os sistemas ecológicos são caracterizados por mudanças lentas. Neles a vida humana poderá continuar indefinidamente, proporcionando um desenvolvimento gradativo aos indivíduos e às culturas humanas, caso a sociedade esteja alerta aos efeitos das atividades antrópicas e aos limites ecológicos, não destruindo a diversidade, a complexidade e o funcionamento dos sistemas ecológicos que dão suporte à vida. Por outro lado, os sistemas econômicos respondem pelo pragmatismo do modo de produção atual, que exige, de modo crescente, respostas e modificações imediatas. Existe, portanto, um evidente descompasso que desafia, de certo modo, a implementação do desenvolvimento sustentável.
Em uma retrospectiva histórica de quase meio século, na década de 60 oconceito de desenvolvimento significava crescimento econômico. A conservação ambiental e a manutenção das qualidades de vida e ambiental eram consideradas incompatíveis com o desenvolvimento. A poluição e a degradação do meio ambiente eram conseqüências inevitáveis dos desenvolvimentos industrial e econômico.
Havia uma corrente de pensamento na época que atribuía os problemas dos