Gestao de risco
1- A CONTABILIDADE COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO
A contabilidade, através de seus registros consolidados em vários formatos de balanços, define posições e fluxos financeiros. Os balanços patrimoniais podem ser considerados como fotografias da empresa em determinadas datas; a demonstração de resultados, os quadros de origens e aplicações, o demonstrativo de mutações patrimoniais consignam fluxos monetários e se assemelham a filmes, por mostrarem os movimentos de valores entre dois momentos ou duas posições, entre datas previamente determinadas. Para não ficar restrita a uma função de simples registro e se transformar em um instrumento de gestão da empresa, a contabilidade deve sofrer certas adaptações. Tradicionalmente, buscava-se responder à seguinte pergunta, nas análises financeiras, pelo uso dos dados contábeis: Caso a empresa venha a encerrar suas atividades, terá ela condições de saldar seus compromissos? Subjacente a ela está uma visão estática da organização, porque implica a simulação de uma autopsia num sistema que parou de funcionar. A ênfase está nos aspectos de solvência, medida pelos índices de liquidez, que são úteis mas não dizem tudo. A empresa, no entanto, é um organismo vivo, agindo num ambiente em constante mudança. Cresce, desenvolve-se e aumenta seu valor patrimonial, criando, portanto, riqueza para o país e emprego para os cidadãos. Ao empresário interessa ter em mãos um instrumental que lhe permita conduzir o barco ao porto, com relativa segurança ou, pelo menos, ter condições de avaliar os riscos que está correndo, para tomar a tempo as medidas corretivas que se fizerem necessárias. Por isso, a pergunta a ser. posta é a seguinte: Como pode a empresa continuar a saldar seus compromissos, mantendo-se em funcionamento? A resposta, neste caso, pressupõe um enfoque dinâmico da contabilidade, com ênfase nos. aspectos financeiros de liquidez,