Gestao ambiental
UM ESTUDO DE CASO
INTRODUÇÃO
Transformações significativas no ambiente competitivo, correntes nas últimas três décadas, têm pressionado as empresas a considerar, com empenho e comprometimento cada vez maiores, o impacto de suas operações sobre o meio ambiente, tanto em uma perspectiva atual, como futura. As razões para isso são diversas: em primeiro lugar, consumidores, cada vez mais conscientes das limitações de recursos oriundos do ambiente natural e da necessidade de um desenvolvimento sustentável, passaram a exigir um comportamento ambientalmente correto das empresas produtoras dos bens que consomem, exercendo uma forte e crescente pressão sobre essas organizações.
Além disso, a ocorrência de grandes acidentes com conseqüências desastrosas para o ambiente e para as empresas envolvidas como, por exemplo, os casos do Exxon Valdez e do desastre da Union Carbide em Bhopal, serviram como sinal de alerta para estas organizações e para todo o meio empresarial voltarem atenção e esforços para a questão ambiental.
A atuação em termos ambientais das empresas no Brasil pode atingir os mais variados estágios. Uma classificação, proposta por Hunt e Auster (1990), classifica as políticas ambientais das organizações de acordo com a abrangência e o foco que apresentam. Tal escala é dividida em cinco fases distintas, as quais expressam o estágio de desenvolvimento da gestão ambiental em uma determinada organização: primeira fase - o iniciante; segunda fase - o bombeiro; terceira fase - o cidadão preocupado; quarta fase - o pragmático; e quinta fase - o pró-ativo. Através dessa classificação torna-se possível observar que, para que se obtenha um bom desempenho na implementação de ações e políticas ambientais, estas devem ser cada vez mais sistêmicas e abrangentes. Ou seja, uma empresa que se considera como ambientalmente correta e que comunica isso para os seus clientes deve ter uma atitude de pró-atividade.