Gestao administrativa
JOHN DAVIS
& ASSOCIADOS
Os cinco assassinos corporativos Como morre uma empresa?
Se ela for familiar, os problemas decorrentes da sucessão do líder estão entre as razões de óbito mais comuns. Isso porque o custo da sucessão mal gerenciada tende a ser desastroso para a empresa, os funcionários, os clientes e os proprietários, bem como para a famí-
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lia e os familiares que trabalham no negócio.
E o pior: embora uma sucessão ineficaz possa ter motivos alheios ao controle da família, como a morte súbita do fundador, ela geralmente é causada por variáveis que a família pode antecipar e administrar.
Como fazer isso? É fundamental que o processo sucessório vá além
HSM Management 99 • julho-agosto 2013 hsmmanagement.com.br
Para evitar que a empresa familiar e seus proprietários arquem com os custos irrecuperáveis de uma sucessão equivocada e acelerem o declínio de uma companhia,
John Davis, da Harvard
Business School, alerta para os fatores de risco
da preparação de gestores e líderes, sejam eles familiares ou profissionais do mercado; exige o apoio e a preparação dos proprietários e também de todos os familiares.
Muito pode sair errado nessas transições, levando à morte da empresa, mas há cinco principais “causas mortis”, todas ligadas à sucessão:
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Ninguém da família está interessado e/ou qualificado para liderar os negócios. A falta de interesse em ser o executivo principal ou liderar como membro do conselho ou proprietário pode surgir porque a família não se planejou para a geração seguinte, os jovens não tiveram experiências positivas com a companhia, não há oportunidades atraentes na empresa em comparação com o que o mercado oferece ou existe tensão nas relações familiares.
O déficit de profissionais qualificados pode igualmente decorrer da falta de planejamento, bem como da inexistência de experiências significativas que desenvolvam e preparem os familiares