Gestalt
Por volta de 1870, alguns estudiosos alemães começaram a pesquisar a percepção humana, principalmente a visão. Para alcançar este fim, eles se valiam especialmente de obras de arte, ao tentar compreender como se atingia certos efeitos pictóricos. Estas pesquisas deram origem à Psicologia da Gestalt ou Psicologia da Boa Forma. Seus mais famosos praticantes foram Kurt Koffka, Wolfgang Köhler e Max Werteimer, que desenvolveram as Leis da Gestalt, válidas até os nossos dias.
Esta doutrina traz em si a concepção de que não se pode conhecer o todo através das partes, e sim as partes por meio do conjunto, “O Todo é diferente da soma de suas partes”. A Gestalt surge como contraponto à Psicologia de Wundt e Titchener que defendiam o associacionismo.
Segundo o psicólogo austríaco Christian von Ehrenfels, há duas características da forma – as sensíveis, inerentes ao objeto, e a formais, que incluem as nossas impressões sobre a matéria, que se impregna de nossos ideais e de nossas visões de mundo. A união destas sensações gera a percepção.
Nasceu na Europa e surge como uma negação e uma tentativa de superação da fragmentação das ações e dos processos humanos realizados pelas tendências da Psicologia Científica do século XIX, postulando a necessidade de compreender o ser humano como uma totalidade. Seu modelo teórico é o mais ligado à Filosofia, com suas origens na Fenomenologia (ramo da Filosofia que partiu da tradição filosófica alemã, buscando fundar uma ciência nova, não empírica, da subjetividade. Sua análise era chegar ao nível da consciência chamada de "pura visão".
Os autores da Gestalt buscaram construir uma psicologia que levasse em consideração as formas da percepção, ou seja, como as pessoas compreendem o seu entorno. Combina a objetividade por meio do fenômeno da percepção (observável) e a subjetividade pela avaliação (atribuição de sentido) do percebido pela consciência.
Algumas normas