A gestalt-terapia com crianças difere daquela com o adulto, em um primeiro momento por se encontrarem em diferentes momentos do processo do desenvolvimento, e pela relação que estabelecem com o meio como, por exemplo, escola e família, pois as crianças diferente dos adultos são necessariamente dependentes. Em primeiro lugar, para podermos atender crianças ou adolescentes, é fundamental gostarmos deles e termos boas relações. Em seguida, devemos resgatar a nossa criança interior e fazê-la presente durante as sessões. Precisamos conhecer a realidade desta criança, família, escola, amigos, e tudo o que estiver presente na vida dela para poder entender o contexto. A criança só pode ser entendida como um todo. Não lidamos apenas com o sintoma, e sim com a parte saudável, coordenação motora, criatividade, raciocínio etc. Atender crianças exige do terapeuta uma constante atualização da própria criança interna. Devemos realizar uma entrevista individual com os responsáveis, com a criança, com a família, podendo também visitar a escola. Conhece-la não só no contato direto e pessoal, mas também através dos olhos daqueles que a cercam, pois "os pais, em geral, fornecem preciosas informações, uma vez que percebem e denunciam que existe dor e dificuldade. A adolescecia é uma época da vida em que o amadurecimento se acelera, tanto físico quanto psicológico e social. Ocorre muitas oscilações de humor e conduta. Com adolescentes precisamos saber também sobre sua família, amigos, escolhas, baladas, namorado, futura profissão, músicas, medos e etc. O adolescente necessita de recursos diferentes dos utilizados na clínica com crianças para expressar sentimentos, inquietações e tudo que possa ser compartilhado em psicoterapia. O terapeuta deve facilitar ao adolescente criança viver o aqui e o agora Gestáltico. Na terapia ele poderá recordar seu passado e pensar sobre o seu futuro. Atender adolescentes faz com que exercitamos a nossa criatividade, a atualização enquanto terapeuta e